Novamente vou
escrever sobre shows. Porque música é vida.
Sempre.
No último domingo (14/03)
tive a sorte de comparecer ao Live ‘N’ Louder, festival de heavy metal realizado
no Espaço das Américas, zona oeste de São Paulo.
Essa foi a terceira edição
no país – as anteriores aconteceram em 2005 e 2006.
Sinceramente, não conhecia todas as seis bandas que se apresentaram naquele frio domingo - entre as
mais populares; Angra, Metal Church e o headliner da noite, Twisted Sister -,
mas o festival valeu cada segundo.
COMEÇAM OS SHOWS!
Às 17h30 começou a primeira
apresentação, com a banda norte-americana Molly Hatchet. E que dó, no início do show deles tinha meia
dúzia de gatos pingados, mas depois o público ganhou um “volume”, de leve.
Não conhecia o grupo, mas
gostei bastante. A pegada deles destoa do puro heavy metal – proposta do
festival -, eles entram mais com um “southern rock”, misturando os lindos solos
de guitarra com country music, dando à banda um quê texano.
E não dá para negar, Molly
Hatchet tem presença de palco. É aquela banda que cativa, principalmente quando
os membros do grupo coreografam com as guitarras e baixo sincronizados. Acho
lindo!
Se eu fizesse parte de uma moto clube elegeria Molly Hatchet como uma de minhas bandas
favoritas.
Logo depois entrou uma banda
bem mais pauleira, a alemã Sodom. O grupo toca o “trash metal”, então pra quem
curte o intensivão na batera e aquele rock pesado é um prato apetitoso. Mas, em
minha opinião, ficou longe de ser uma das melhores apresentações da noite.
Aí entrou a Loudness, banda
japonesa. Se eu fosse fã do grupo ficaria bem puta. O vocalista não foi, é isso
mesmo, não compareceu...
Segundo o mestre de
cerimônia da noite, o ótimo Bruno Sutter – ex-vocal do Massacration e
humorista -, o cantor do Loudness não conseguiu embarcar por conta de uma
nevasca.
Um brasileiro cantou em seu
lugar, cumpriu bem o papel e a banda faz um ótimo som.
Ah sim, falhas de áudio à parte, orientais são
realmente bons em tudo que eles se prestam a fazer, inclusive tocar metal. Os japas mandam muito.
Na seqüência quem subiu ao
palco foi o Metal Church. Essa eu conheço e, por isso, curti muito mais o
show. Não é minha banda de metal favorita, mas gosto do trabalho deles e achei
o show bom. Porque velocidade é tudo nesse grupo norte-americano.
Então chega a hora do
Brasil-sil-sil, com uma bela apresentação do Angra.
Lindinhos! Não sou super fã
de metal melódico, mas adoro o Angra e quando eles tocaram Nova Era – em um
pout-pourri com Carry On - quase pulei do
camarote. (hehehe)
O atual vocalista do grupo,
o italiano Fabio Lione, deu conta do recado e mandou muito. Achei a
apresentação dele incrível.
Eis que onze e tanto – de
um domingo, vale frisar – entra a banda mais esperada – por mim – no
palco: Twisted Sister.
Muita gente acha que não
conhece o Twisted Sister, mas conhece...
Sabe “I WANNA ROCK? ROCK!” ou, “WE’RE NOT GONNA TAKE, NO, WE AIN’T GONNA
TAKE IT, WE’RE NOT GONNA TAKE, ANYMOOORE!”?
Então, você já ouviu
vááárias vezes Twisted Sister.
A apresentação do grupo foi
excelente, recheada de clássicos e com o público cantando em coro. O vocalista, Dnee
Snider, é uma figura e faz todo sentido ele ser tão lembrado no mundo
rock’n’roll. Mas fiquei decepcionada por eles não estarem com a famosa
maquiagem.
POR DENTRO DO FESTIVAL
O festival foi bastante
organizado, até porque ele estava bem vazio.
O público reclama da falta
de bons shows, mas quando eles são realizados não comparecem.
Muitos questionam os
valores dos ingressos – R$300 inteira e R$150 meia -, mas o que tem de gente
que gasta esse valor em
balada... Eram seis bandas, as seis muito boas, em contextos
diferentes do metal, mas a música feita por todas elas merece respeito. E tem um outro detalhe, têm shows com uma única apresentação que custam o dobro... E não, eu não concordo com isso.
Já
estou me preparando mentalmente para o valor – certamente abusivo – que irão
cobrar no Black Sabbath, que vai contar com a abertura do Megadeth (esse dia eu
vou sair do corpo, solamente). Notícia sobre o show do Black Sabbath com o Megadeth.
Voltando ao Live ‘N’
Louder... Com carência da massa, não teve fila, nem no banheiro, nem para
consumir. O ponto mais alto do festival ficou para as trocas de bandas, tudo bem rápido... Até o show do Angra, que atrasou e assim atrasou o do Twisted Sister, que acabou tarde, por
volta de 1h. E aí mora o porém. De quê adianta fazer um festival perto do metrô se quem precisa
não poderá utilizá-lo?
Eu, por exemplo, dei sorte
de poder contar com um amigo, mas não é sempre que isso acontece e
acredito que, os festivais poderiam ser organizados pensando também nos fãs que preferem
não ir de carro. Isso seria uma forma até de evitar acidentes, já que quem
consome bebida alcoólica não teria que se preocupar com a direção.
Outra coisa, festival de heavy metal num domingo a noite, sério? Por que não realizar num sábado, numa sexta, que seja... Mas domingo? Fora que, como mencionei acima, acabou tarde.
Em suma, o saldo do Live ‘N’
Louder foi bastante positivo. Conheci ótimas bandas e pra quem gosta de um bom
heavy metal o festival foi ótimo.
Trechos dos shows de todas
as bandas, vale conferir: