Ano passado fui ao Lollapalooza e ao Wros Fest. Me dói muito lembrar que não pude ir ao SWU, principalmente o de 2010 – plantão de jornalista, acontece.
Nesse ano fui novamente ao Lollapalooza. Diferente do ano passado, não fui todos os dias, apenas no primeiro.
O line-up de 2013 me empolgou menos que o de 2012, mas no primeiro dia queria muito assistir Cake e The Killers e assim foi.
Sexta-feira, 29 de março de 2013. Cheguei no Jockey Club no início do show do Of Monsters and Men e da chuva.
Conheço muito pouco a banda islandesa do moderninho “indie folk”, mas curti a apresentação. Achei o grupo animado e o hit "Little talks" é realmente dançante. Vale mencionar; uma das integrantes é a cara da Bjork.
Daí, fui comprar os “pilla”, dinheiro do festival, e fiquei um bom tempo na fila para adquiri-los.
Atrás da minha nobre cerveja - e coloca nobre nisso, porque um copinho me custou oito mangos – assisti a uma das performances do Name the Band.
Achei a banda bem divertida, mas não fiquei muito... Queria ir à roda gigante, só que, quando cheguei lá ela estava desativada e não a vi funcionando o restante do dia.
Vai ver ela parou por conta da chuva... Ah, a chuva! Nunca vi tanta lama... Que o diga o meu lindo all star, que talvez não volte a ser tão lindo. Mas a culpa é todo minha. Ouvi muito blábláblá por conta da lama, mas isso é porque tinha muita gente lá metida a moderninha.
Gente é show, qual a necessidade de ir todo emperiquitado? Eu que cai na burrice de ir com meu all star belo e não o de guerra, que já foi comigo a 300 apresentações. E olha, ele sobreviveu ao show do System of Down, que foi no mesmo lugar e também estava sinistro de poeira e lama.
Ás 17h e pouco, o Cake subiu no Palco Butantã.
Eu estava super empolgada. Em minha opinião, Cake é uma banda incrível, daquelas que você dificilmente encontra uma música que não goste, porém, todavia, contudo... Não achei o show aquelas coisas.
Por que? Bom, esperava mais do repertório e o áudio estava falho... Bem falho!
Um dos momentos que mais curti foi quando eles tocaram “Sick of You”. Adoro a música e achei a iniciativa do vocalista, John McCrea, de dividir a platéia em dois coros, carismática.
Só que até carisma tem limite. McCrea é um cara falante. Pra quem já assistiu a outros shows do Cake – ao vivo esse foi o primeiro, mas já assisti outros pelo precioso youtube – sabe que ele fala, e como fala!
Ele falou tanto que em certo momento a galera começou a ir embora. OK, o povo é chato mesmo, porque na hora de “I will survive” tava todo mundo lá. Aliás, ele emendou uma seqüência de hits, tocando “Never there”, que evidente, foi o pico da apresentação, já que é a mais popular do grupo.
Logo depois a versão de “War Pigs”, do glorioso Black Sabbath, e “Short Skirt/Long Jacket”. Depois dessas músicas aí que a galera vazou mesmo.
Perderam, porque ele encerrou o show com “The distance”, música sensacional.
Voltando a minha decepção com o show. Em vários momentos a tenda Perry invadiu a apresentação com seu eletrônico frenético e achei que o Cake poderia ter caprichado melhor no setlist.
Não precisava ter tocado dois covers, um só estava de bom tamanho. O Cake por Cake é muito melhor. Mas, vale falar que a banda soube lidar com os problemas de som, até mesmo quando o violão de McCrea desafinou. Enfim, não foi meu show favorito, mas os caras são bons e merecem respeito, principalmente o trompetista, que é gênio.
Depois do show do Cake fiquei um tanto perdida em meio à lama no Jockey. Não tinha nenhuma outra apresentação que quisesse muito ver fora The Killers, que começaria horas depois.
Aí bateu a fome, mais fila. Sei que fila é chato, mas poxa é um festival com mais de cinqüenta mil pessoas, se até para comer em fast food se pega fila, o que exatamente o povo espera numa ocasião dessas?
Em minha opinião, pior que as filas para beber e comer, eram as do banheiro, que ficaram lastimáveis por conta da chuva e da lama. Aí sim uma reclamação que concordo: faltaram banheiros.
Pouco antes do show do The Killers ouvi o Deadmau5. Não sou fã de DJs, mas até que achei o som bacana. Não dei devida atenção, porque estava ocupada tentando fazer meu celular funcionar. Sinal que era bom não existiu e para encontrar os outros foi um parto.
Valeu a lição: vá com uma galera e não se perca dela. Em nenhum momento.
Enfim, 21h30 começou headliner do dia: The Killers, no palco Cidade Jardim. Sou fã da banda e nunca tinha assistido a um show ao vivo, ou seja: amei!
Amigos meus que assistiram ao show de casa disseram que acharam um tédio. De lá, ao vivo, achei o máximo. Cantei e pulei horrores.
Mas sim, o áudio também estava bem medíocre e quando fui mais para frente curti o show bem melhor.
A apresentação começou logo com “Mr Brightside”, daquele jeito e foi uma paulada atrás de outra. Brandon Flowers brincou com o público na medida, sem muitos mimimis e papos longos.
Eles tocaram a minha favorita: “For reasons Unknown” e quase morri! Mas para a plateia o auge foi quando tocou “Runaways” e “All these things that I’ve done”, uma na seqüência da outra. A galera foi a loucura – eu também, hehe.
Até a minha música eles tocaram: “Jenny was a friend of mine”, piadas a parte.
O show terminou com a ótima “When you were young”. Pra mim, faltou “Bones”, mas parece que eles não andam tocando-a, uma pena.
Para sair do Lollapalooza aí sim foi o caos. Tudo entupido e fora que, tinham uns espertinhos tentando roubar celulares.
Aliás, o que não faltou no festival foi espertinho, principalmente nas filas, pedindo dinheiro a mais para agilizar o processo de compra de fichas. Até os carinhas que pareciam os caça-fantasmas e vendiam chopp também usaram da malandragem, a cerveja de 8 virou 10, mas em reais, não em “pillas”.
Ainda assim, acredito que isso é fácil de contornar. Não dá para esperar que um festival tão grande seja perfeito. É gente demais, índole de tudo que é tipo e de todo lugar, então, paciência.
Se você quer curtir boa música tem que estar preparado, de corpo e espírito. Sempre.
Não achei nenhum vídeo decente do Cake do dia, então uma foto do meu celular |
I GOT A SOUL BUT I'M NOT A SOLDIER!
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